terça-feira, 7 de maio de 2013

Nesta correria interior que afaga o ombro, é tudo tão subjetivo. Hoje eu me dei conta do quanto é bonito a dualidade entre a subversão do que a gente foi e a diversão do que a gente pode ser. Bem leve e de leve, eu quero mais é sair por aí. Eu estou cheia de coisas boas, quero catar guarda-sóis flutuantes entre as areias, encontrar o meu eu desconhecido mais íntimo, repousar os pés sobre a cadeira de um lugar público, quero gritar que estou com sono e bocejar alto sem me importar com o quarteirão, conversar a tarde toda com uma senhora que nunca vi, esperar pacientemente na fila enquanto seguro o meu filho no colo, jogar para cima todos os papéis, entrar no supermercado e roubar um sorriso do atendente.

Hoje eu quero construir casas e derrubar os muros, me perder como chaveiro na bolsa pequena, me encontrar em um caderno escolar, ser a concretização de um projeto e o começo do que estar por vir, me tornar a essência de um perfume vagabundo e os óculos folgados em um rosto de 60 anos. Quer saber? Hoje eu sou eu e todas as pessoas e coisas. Por que não?