domingo, 1 de agosto de 2010

Gostaria que você fosse, acima de tudo, sincero! de fora para dentro e não de dentro para fora. É, já que o fim justifica os meios, eu preferiria que o nosso destino fosse ao encontro de. Que fosse dentro de você, e não fora.

Enfim, eu gostaria que a sinceridade brotasse discreta, delirante, devagar na epiderme, e fosse mais além, como uma substância, percorrendo o corpo inteiro e, enfim, te fizesse sentir vivo novamente, vivo para saber que. Que eu já nem sei mais mas. Fique ciente, quando a sinceridade chega ao coração, explode como uma bomba e tudo aquilo que a gente não consegue traduzir fica solto no ar como algo pronto a ser dito e depois? e depois nada. A gente chega a conclusão que não, meu bem, não tem linguagem suficiente para dizer tudo que a gente sente, não tem nem mesmo um pingo dessa tradução.

Mesmo assim, quando isso acontecer eu te peço somente que. Tente ser sincero ao máximo, mesmo que um pingo. Não somente comigo mas com você mesmo.Tente ser sincero ao máximo porque se perder nesse instante é quase um crime ao que a gente (não) viveu. Tente ser sincero ao máximo porque você vai tentar mas não vai conseguir explicar, porque não existe explicação perfeita.

E como réplica eu te pergunto se a gente deve mesmo se perder, e ficar por isso mesmo. Triste como algo cantado em uma rua qualquer por um mendigo culto, um sem-riqueza-inteligente, triste como um gênio sem amor?! e a gente ficará assim, camas separadas no mesmo quarto, ar-condicionado com defeito, criança-de-onze-anos-com-a-doce-ilusão-de-que-um-beijo-tem-gosto-de-chocolate? A gente ficará assim? perdidos em uma cidade desconhecida, tão não-classificável quanto um sonho-pensamento... que a gente não sabe se sonhou ou pensou.
Ou pior, que a gente não sabe se viveu.
A gente ficará assim... fotografia queimada, vinho passado do ponto, desejo sem vontade?

Por conformidade.. Amizade. Amizade. Amizade.

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