quinta-feira, 5 de agosto de 2010

E EU.

e eu me jogando por todas aquelas ruas, uma pessoa qualquer dentro de mim, uma pessoa qualquer ao meu lado, sem me dar conta que alguém quase conhecido é também alguém quase desconhecido. sem me dar conta que um quase é um quase dos dois lados. 

e eu andando por aqueles lugares estranhos em uma cidade desconhecida, vivendo uma vida que não minha, desejando desejar um alguém que não você, por um instante por um minuto por um segundo ah por um por um por um alguém que não você, morrer de amores por um alguém que não você, por mim, por mim mesma, por mim. e eu me jogando andando escutando vozes que não a sua, que não as nossas, que não me satisfazem... entonações graves desafinadas que em nada, nem por um instante nem por um minuto nem por um segundo nem, não lembram você, essas entonações em nada lembram você, e por não lembrar lembram, por não se parecer se parecem. por que você não está aqui, sente a falta? e essa falta há de me lembrar até o final do dia o quanto afinada é a sua entonação, há de me lembrar até às 4h da manhã o quão afinada é. e nessa hora crucial, meu bem, a gente tem que decidir se a noite vai amanhecer ou se foi o dia que anoiteceu, enfim.

Um comentário:

Rafaela d disse...

adorooooo complectamente *