quinta-feira, 23 de junho de 2011

JORNALISMO IMPRESSO CONTRA JORNALISMO ONLINE

Esqueça o título desse artigo, caro leitor, pode jogá-lo fora. Ao final desse artigo você entenderá o porquê.
Primeiro, o surgimento de uma nova mídia não necessariamente exclui outros meios de comunicação e, na maioria das vezes, o que ocorre é totalmente o contrário. Por exemplo, após a criação da TV muitos conspiraram sobre o fim do rádio, porém, esse reinventou-se midiaticamente de uma forma inteligentíssima: foram criados diversos programas voltados para atrair o público jovem, promoções diversas, vinhetas  particularmente interessantes e rádios online. E, ao final, muitos ainda conservam o costume de entrar em seus carros e ligar o nosso velho e conhecido rádio.
Segundo, atualmente tanto o jornal impresso quanto o jornal online exercem um papel de extrema importância na nossa sociedade. Até aí tudo bem, o problema é quando pensamos nessas funções como algo divergente. E não é? Não é! Em termos matemáticos, o impresso e o online funcionam, hoje, como intersecção de um conjunto: abrangem áreas amplas e diferentes, mas que possuem diversos pontos em comum.

Terceiro, o contexto impresso/online perpassa por termos comunicacionais como “furo de reportagem”, era digital, blogs, redes sociais, portais, mudança de hábitos de leitura, e, por termos mercadológicos como acirramento da concorrência e indústria tecnológica. Para se fazer uma intersecção benéfica e eficaz, a idéia é produzir matérias cada vez mais aprofundadas e literárias, pelo primeiro, e, praticidade e rapidez das notícias pelo segundo.

Nesse contexto, os jornais impressos que já entenderam o recado estão se mantendo no mercado. Por exemplo, muitos impressos têm um endereço virtual e uma equipe de repórteres online. Após um fato marcante, um repórter notifica pela internet, e quase simultaneamente, as informações brevemente obtidas. Se o fato for de importante relevância social, poderá entrar, no dia seguinte ou nas próximas horas, no jornal impresso juntamente com informações atualizadas e checadas pelo repórter. Uma matéria no papel pode ser a reunião de três matérias da internet. Ponto para o jornalismo impresso em termos de aprofundamento e opinião e ponto para internet em termos de rapidez.

Entende, leitor, o porquê da exclusão do nosso título? Não devemos incitar a discussão da importância de um ou de outro, devemos, sim, abordar a união dos dois e todos os benefícios que podem ser obtidos de tal intersecção.

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